A Copa do Mundo de Futebol
é Patrimônio da Humanidade!
Deu no IG Economia online em 14/01/2014, por Marília Almeida
http://economia.ig.com.br/empresas/2014-01-14/copa-alertas-da-fifa-sobre-uso-indevido-de-marcas-crescem-5-vezes.html
Copa: alertas da Fifa sobre uso indevido de marcas crescem 5 vezes
De 100 casos em junho de 2013, organizadora do evento no Brasil já alertou mais 518 empresas, fechou um acordo na esfera judicial e tem um processo em andamento na Justiça (...)
Internacionalismo Pelotário
Cercada de grande expectativa, saiu finalmente a convocação da seleção brasileira de futebol - isto é, o combinado dos brazucas que atuam em clubes europeus financiados por lavanderias russas, califados árabes e potentados estadunidenses.
2014-05-08
Internacionalismo Pelotário 2
2014-05-15
Burocrata fora e dentro de campo
Deu no Lancenet
LANCEPRESS! - 19/05/2014
http://www.lancenet.com.br/copa-do-mundo/CBF-Brasil-certo-Parreira-estreia_0_1141086045.html#ixzz32FvuSeCM
'A CBF é exemplo. É o Brasil que dá certo', afirma Carlos Alberto ParreiraNunca hei de esquecer que, a certa altura da preparação para a Copa de 2006, para dar uma desculpa para a sua má vontade com Alex, então em grande forma (ou quem sabe por falta de estômago para barrar algum dos figurões que assumidamente lhe cabia administrar), este erudito do futebol inventou que ele era "reserva do Kaká" - mais ou menos a mesma coisa que dizer que o Mandrake era o substituto do Capitão América.
Coordenador da Seleção rasga elogios à entidade no primeiro dia de trabalho na nova sede
Segundo o jornalista João Carlos Assumpção, do Lance, "Na
ocasião Parreira o chamou para uma conversa e explicou que não o
chamaria para o Mundial de 2006 por achar que [ele] não se encaixava no
esquema tático [sic!] que pretendia para a Seleção". (http://blogs.lancenet.com.br/blogdojanca/2013/09/10/alex-e-a-selecao/)
Com
essa explicação, o tecnoburocrata-mor do ludopédio nacional admitia só
ter na cabeça uma única alternativa tática para a seleção - qualquer que
fosse o adversário e a circunstância - e, portanto, que seus reservas deveriam ser, na medida do possível, meros sobressalentes dos titulares. Sorte dos
treinadores adversários, que eram assim poupados de surpresas
desagradáveis e da consequente obrigação de pensar em soluções no
transcurso das partidas.
Não espanta, pois, que o que começou como um álibi - "Alex é reserva de Kaká" - tenha terminado como uma 'solução de Procusto' - "Alex não cabe no meu esquema tático". Para consternação da legião de admiradores da sua técnica maravilhosa e seu poder de decidir partidas vindo como que do nada, o genial carequinha foi pela segunda vez constrangido a assistir à Copa pela TV, dessa vez refestelado numa poltrona turca.
2014-05-20
Não espanta, pois, que o que começou como um álibi - "Alex é reserva de Kaká" - tenha terminado como uma 'solução de Procusto' - "Alex não cabe no meu esquema tático". Para consternação da legião de admiradores da sua técnica maravilhosa e seu poder de decidir partidas vindo como que do nada, o genial carequinha foi pela segunda vez constrangido a assistir à Copa pela TV, dessa vez refestelado numa poltrona turca.
2014-05-20
O bagaço da laranja
Fonte: http://falso9blog.com/2014/04/el-despertar-de-la-bestia/ |
Isto quer dizer que, no limite, eles podem acabar, literalmente, se fodendo - "entende?", diria Pelé.
No caso dos jogadores de futebol, a evidente hiperintensificação do trabalho imposta à encarnação “trabalhador” na temporada europeia vem cobrando um alto preço à encarnação “capitalista”: vários craques – Cristiano Ronaldo, Neymar, Schweinsteiger, Luís Suarez, Oscar, Xavi Hernandez, Diego Costa, Falcão García, Khedira e outros menos votados - sem falar nos que nem vieram - chegam à Copa claramente no bagaço: fisicamente exaustos, organicamente estressados, clinicamente combalidos e, quem sabe, emocionalmente enfastiados.
Estariam os donos do negócio matando a galinha dos ovos de ouro?
Eu, como aficionado do jogo, torço para que todos consigam jogar - em alto nível.
Tomara que a Copa - que deveria ser só do Mundo, não do Mundo da FIFA - tenha partidas capazes de compensar minimamente os sacrifícios e humilhações impostos aos brasileiros pela bizarra coalizão Governo Federal-FIFA que a concebeu e pôs em marcha.
E torço para que vençamos. Não por vencer - “até com gol de mão”, diriam os chauvinistas do ludopédio - mas jogando ao menos tão bem quanto os melhores dentre os combinados nacionais que nos visitam.
PS: A Copa do Mundo era mais divertida no estrangeiro, vista pela TV. No que me diz respeito, não havia a noção da odiosa grilagem da marca pela FIFA, de sua incrível capacidade de manipular os Estados nacionais e, embora a maioria dos nossos craques - a partir dos anos 1990 - já não atuassem no Brasil, tampouco a percepção do torneio como um encontro de combinados nacionais de superastros vinculados a "franquias" européias de propriedade de biliardários do petróleo e da especulação financeira mundial.
2014-05-31
A Copa no país das peladas
Brasil 1 x 0 Sérvia
Gol de pelada de um time de pelada comandado por um técnico de pelada que libera o nosso craque para ser o rei dos peladeiros.
Ai meu São Cristóvão! Será que é para despistar os adversários?
2014-06-07
TV Bizâncio - Enquete: Quem é o maior craque de todos os tempos?
2014-06-11
Escola de futebol
ou bloco de embalo?
A propósito de Brasil 3 x 1 Croácia, concordo em gênero e numero, só não em grau, com Paulo Cezar "Caju":
http://oglobo.globo.com/blogs/blog-do-caju/
"Dois personagens foram decisivos na vitória do Brasil, o goleiro grandalhão Pletikosa [gênero] e o árbitro japonês Yuichi Nishimura [número]. (...) Qual lance maravilhoso vimos hoje? Vimos, sim, um chute errado entrar, duas falhas do goleiro adversário e uma arbitragem camarada. Sinceramente, acho pouco."
Só não concordo com o nosso genial Nariz de Ferro quando diz que "esse não é o nosso futebol. Estamos copiando outras escolas e podemos fazer melhor do que todas elas, juntas, [grau] se acreditarmos em nosso potencial."
Não creio que nossa escola seja, por definição, a melhor, nem que seja questão de acreditar.
Depois de um quarto de século de decadência tática e técnica associada a causas que se podem definir, literalmente, como "de economia externa e interna" - isto é, a financeirização do futebol mundial e a pilhagem da CBF pela família Havelange e seus apaniguados - a "escola brasileira de futebol" virou, no melhor dos casos um "bloco de embalo" do primeiro grupo.
Não foi por outra razão que Felipão foi chamado para o cargo: no pântano atual, um técnico carismático capaz de montar um "time de embalo" parece ser, de fato, a única chance de ganharmos esta Copa do Mundo.
Retornarei um dia, quem sabe, ao assunto com a postagem "Parreira o tecnocrata, Dunga o disciplinador, Felipão o carismático: a burocratização da escola brasileira de futebol".
Cordão da Boa Preta em 1918 ACERVO BOLA PRETA |
Tributo a Guy Debord
O torneio de combinados nacionais de futebol da FIFA tem sido tão bom, com tantos e belos gols, tantas viradas sensacionais e quedas espetaculares que é com prazer que eu exerço o papel que me cabe nesse carnaval - o de telespectador-consumidor 30 horas.
Está tudo uma beleza. No meu telão HD eu assisto a magníficas partidas de futebol disputadas sobre o pano de fundo de estádios de fantástica arquitetura, profusamente coloridos por alegres plateias de belas jovens bem maquiadas e pintadas com suas cores nacionais, garotões saudáveis cheios de entusiasmo juvenil vestidos com as camisas de seus clubes e seleções de preferência e, por último mas não menos importante, coroas saradões e saradonas vindos de (quase) todas as partes do planeta com muita energia disponível e dinheiro para gastar.
O toque picaresco fica conta das caravanas de latino-americanos duros que vão do Oiapoque ao Chuí tentando entrar na festa de penetras.
Para que o espetáculo fique completo, só falta a vitória do time da casa - a Suíça, é claro.
2014-06-19
Irão campeão
Depois do enfático apoio moral aos nossos xiitas em Bagdá e da incontestável vitória moral (2 x 1) sobre a jihad argentina
em Belo Horizonte, eu acho que o Irão - como diria o inmetrossexual C.
Ronaldo - faz jus a uma carteirinha de sócio-torcedor do Eixo do Bem e a
um visto de entrada na Comunidade Internacional*.
* Para a definição de "Comunidade Internacional", consulte o Glossário Avebarna de Sociologia e Política Contemporâneas
http://avebarna.blogspot.com.br/p/democracia-1_10.html
http://avebarna.blogspot.com.br/p/democracia-1_10.html
Leia também neste blog
"Todas são primaveras, mas algumas mais floridas do que outras"
http://www.avebarna.blogspot.com.br/2012/01/todas-sao-sao-primaveras-mas-algumas.html
2014-06-21
Messi nele!
Deu no Globo online em 21/06/2014
http://oglobo.globo.com/economia/paul-singer-bilionario-americano-que-pode-quebrar-argentina-12961526#ixzz35Vh6nzun
Paul Singer, o bilionário americano que pode quebrar a Argentina
Dono de ‘fundo abutre’ derrotou o governo de Cristina Kirchner em tribunais americanos e aposta em economias arruinadas
2014-06-23
Oitavas: sai o futebol, entram os pênaltis?
Montero e Dida, decisão da Liga dos Campeões da Europa 2003 |
E para piorar, as famigeradas "séries de tiros diretos da marca do pênalti" são sempre decididas de maneira irregular: os goleiros infringem sistematicamente a regra se adiantando à cobrança, com o beneplácito de árbitros de pulmões cansados, de bandeirinhas acometidos de bursite súbita, das (C)omissões de Arbitragem da FIFA e até da imprensa em geral, incluindo os mais contundentes críticos dos apitadores - um mistério mais obscuro do que o Terceiro Segredo de Fátima.
Minha opinião pessoal é pela mudança da regra vigente, por absolutamente anti-humana: é praticamente impossível um goleiro defender um pênalti sem pôr um pé à frente para impulsionar o corpo. Mas quem já não viu uma "disputa de pênaltis" ser decidida por goleiros que saem com os dois pés ou dão até três passos antes da cobrança?
PS: Será que o general Scolari, "curvando-se ao craque" como a maioria dos treinadores, vai permitir que o Fred bata o pênalti com aquela presepada que o faz chegar na bola à velocidade próxima de zero para mandar um peteleco na mão do goleiro?
2014-06-28
Quem jogou bola até agora
Procurado por uma importante consultora de soccer development para opinar sobre as seleções que mais jogaram bola até agora, este blogueiro não se fez de rogado:
- Colômbia, Costa Rica, Holanda, França, Neymar e Messi.
- E a Alemanha? - quis saber o entrevistador.
- Ainda não apareceu para jogar. Ouvi dizer que está de férias num resort paradisíaco do litoral da Bahia à espera de adversário.
2014-06-28
Jeitinho brasileiro
Considerando a mediocridade do nosso sistema de jogo e a pobreza da nossa armação (Fernandinho é a solução!!), na hora do aperto eu, se fosse o general Scolari, poria o Maxwell na lateral e o Marcelo para tocar tamborim e reco-reco com o Neymar.
Em bloco de embalo, o melhor é bagunçar.
2014-06-28
Coaches in action
Que Felipão tivesse trazido um centro-avante clássico, o melhor disponível, para uma situação de emergência, se compreenderia. Mas trazer dois que estão a léguas de distância do padrão de qualidade internacionalmente estabelecido para competições desse nível e, ainda por cima, substituir um pelo outro, numa partida de prováveis 120 minutos disputada à 1 hora da tarde e numa circunstância crítica em que o mundo inteiro se perguntava pelo meio-campo (transição, modernamente) brasileiro, é um inequívoco sintoma de senilidade.
2014-06-29
Pumpkins of Fire
Em
merecida homenagem à decisão da FIFA de programar partidas no
Norte-Nordeste brasileiro para as 13:00h, mas também, convenhamos, por
se saber pouco digna de sua própria venerável tradição, a seleção da
Holanda que disputa a Copa das Copas, conhecida no meio do futebol como
Laranja Mecânica, decidiu mudar de apelido para Abóboras de Fogo.
2014-06-29
A Copa, de Montezuma a San Martin
Depois de despertar em mim um tipo de pensamento que não costumo e não gosto de ter em se tratando de futebol, qual seja o de que, na Copa do Brasil, os colonizados estão se vingando dos colonizadores, ou, o que é quase a mesma coisa, a periferia está, como se diz na linguagem dos estádios, botando no cu do imperialismo, eis que a valorosa seleção do México retorna, como que impelida por uma maldição secular, à sua antiga rotina de jogar bem mas carecer, na hora H, daquilo que, na grande área, sobra ao brasileiro proverbialmente cordial: o “instinto assassino”.
Foi graças a ele que ganhamos cinco Copas do Mundo de futebol, três a caminho do auge da nossa supremacia técnica, duas já na etapa de declínio (impérios podem vencer grandes batalhas, e até guerras inteiras, em seu declínio, como bem sabiam os generais de Roma e não ignoram os do Pentágono) - estas últimas essencialmente determinadas pela ação providencial de nossos “matadores”, Bebeto e Romário em 1994, Ronaldo e Rivaldo em 2002.
Embora seja certo que, em se tratando de Copa do Mundo, podemos ser campeões até com um time menos do que meia-bomba como esse do trio Felipão-Murtosa-Parreira (PhD, Soccer Strategist & Consultant), eu penso que, apesar dos feitos extraordinários da Colômbia e da Costa Rica - pelas quais aliás, ainda que companheiros venham me dizer que são os oprimidos errados, eu já estou torcendo com todo o meu transbolivariano coração -, a alma anticolonialista latino-americana só poderá ser lavada na atual disputa pela jihad argentina, com água do Aquífero Guarani - a fonte da futura supremacia do nosso continente sobre imperialistas cheios da grana, mas mortos de sede.
PS: Movido pelo mesmo surto de febre anticolonialista que acometeu o blogueiro, o companheiro Evo, a propósito da severa punição imposta pela FIFA ao craque Luisito "Drácula" Suárez, pontificou: "Eu sinto que alguns dirigentes da Fifa estão se vingando de alguns jogadores para que os sul-americanos não sigam eliminando os europeus".
(
2014-06-29
A Copa, de Montezuma a San Martin
Depois de despertar em mim um tipo de pensamento que não costumo e não gosto de ter em se tratando de futebol, qual seja o de que, na Copa do Brasil, os colonizados estão se vingando dos colonizadores, ou, o que é quase a mesma coisa, a periferia está, como se diz na linguagem dos estádios, botando no cu do imperialismo, eis que a valorosa seleção do México retorna, como que impelida por uma maldição secular, à sua antiga rotina de jogar bem mas carecer, na hora H, daquilo que, na grande área, sobra ao brasileiro proverbialmente cordial: o “instinto assassino”.
Foi graças a ele que ganhamos cinco Copas do Mundo de futebol, três a caminho do auge da nossa supremacia técnica, duas já na etapa de declínio (impérios podem vencer grandes batalhas, e até guerras inteiras, em seu declínio, como bem sabiam os generais de Roma e não ignoram os do Pentágono) - estas últimas essencialmente determinadas pela ação providencial de nossos “matadores”, Bebeto e Romário em 1994, Ronaldo e Rivaldo em 2002.
Embora seja certo que, em se tratando de Copa do Mundo, podemos ser campeões até com um time menos do que meia-bomba como esse do trio Felipão-Murtosa-Parreira (PhD, Soccer Strategist & Consultant), eu penso que, apesar dos feitos extraordinários da Colômbia e da Costa Rica - pelas quais aliás, ainda que companheiros venham me dizer que são os oprimidos errados, eu já estou torcendo com todo o meu transbolivariano coração -, a alma anticolonialista latino-americana só poderá ser lavada na atual disputa pela jihad argentina, com água do Aquífero Guarani - a fonte da futura supremacia do nosso continente sobre imperialistas cheios da grana, mas mortos de sede.
PS: Movido pelo mesmo surto de febre anticolonialista que acometeu o blogueiro, o companheiro Evo, a propósito da severa punição imposta pela FIFA ao craque Luisito "Drácula" Suárez, pontificou: "Eu sinto que alguns dirigentes da Fifa estão se vingando de alguns jogadores para que os sul-americanos não sigam eliminando os europeus".
(
2014-06-29
Avebarna no madraçal
Refletindo sobre suas alegorias, o blogueiro decidiu que, devido ao caráter essencialmente civil, laico e maciçamente popular da campanha futebolística argentina, esta passará a ser referida neste blog como intifada (revolta). O termo jihad (guerra santa) caberá doravante à campanha brasileira, tendo em vista o caráter místico-burocrático das fatwas (ou fataawa; sentenças, decretos) da vitória por direito divino emitidas pelos aiatolás da CBF, as quais, embora encaradas nesta Copa com a devida circunspecção pelo governo - justiça se lhe faça - e com saudável desinteresse pela imensa maioria dos adeptos do esporte bretão em nosso país, vem conseguindo, não obstante, converter a seleção de jogadores profissionais de futebol portadores de passaportes brasileiros - e do vírus do banzo - numa brigada de jovens possessos adeptos do doping da autoflagelação, prontos para se rasgarem de arrebatamento aos primeiros acordes do Hino Nacional.
Resumindo, a jihad é nossa, ninguém tasca! Com muito orgulho e com muito amor.
O Comitê Editorial da Avebarna Publishing
2014-07-01
A Intifada Argentina
contra o Time da Casa
2014-01-07
É o bicho!
Deu no Avebarna Express
Aiatolás da CBF anunciam o "bicho" para jogador que se matar em campo pela vitória: 72 virgens no céu
2014-07-02
Time da casa volta para casa
A Suíça, como se sabe, é um país sem fins lucrativos - só se interessa por juros compostos, rendas da terra e isenções fiscais em países estrangeiros.
Por isso ela é a pátria da FIFA, uma instituição filantrópica que, segundo as mais fidedignas estimativas, deverá lucrar 8,8 bihões de reais com a Copa das Copas do Brasil, um fantasticamente bem-sucedido mega-evento desportivo de sua propriedade exclusiva viabilizado pelo governo brasileiro com generosas doações de estádios, infraestrutura de comunicações, isenções fiscais e, por último mas não menos importante, privilégios de Estado independente nos palcos de seus espetáculos e em uma extensa área circundante que, no caso da Arena das Dunas chega a Fernando de Noronha, no da Arena da Amazônia às cabeceiras do Solimões, no da Arena Pantanal até onde Caxias perdeu as botas, isto é, a capital do Paraguai e, no do Estádio Mané Garrincha, a nada mais nada menos do que o próprio Palácio do Planalto.
Não é, portanto, por acaso nem por bagatela que este blog considera a Suíça o time da casa: nem eliminado ele deixa de render juros, rendas e vantagens fiscais extraterritoriais à sua dindinha.
A dura verdade, no entanto, é que a brava delegação de futebolistas profissionais africanos, asiáticos e
sul-americanos portadores de passaportes suíços dançou o tango e foi mandada de volta à Helvécia de seus antepassados.
Resta saber quem ocupará o seu lugar como Time da Casa da Copa das Copas: se a jihad brazuca ou a intifada portenha. A julgar pelas estatísticas de lotação dos estádios, eu cravo a coluna dois.
2014-07-03
Maturana mata a cobra...
O comentário mais sagaz que li até agora sobre a Copas das Copas do Brasil foi feito, a respeito das chances do combinado de futebolistas profissionais portadores de passaporte colombiano, pelo treinador da célebre seleção nacional cafeteira (!) na Copa de 1994 - aquela que rendeu a Pelé, por seu agourento vaticínio de provável campeã, uma condenação ao degredo vitalício na aprazível Macondo - em uma entrevista telefônica concedida ontem ao jornalista esportivo PVHD, digo, PVC, também conhecido como Paulo Vinícius Coelho.
Confiram:
PVC - Há vinte anos, o senhor me disse que a Colômbia não estava pronta para ser campeã. E hoje?
MATURANA - Aquela era uma equipe que vinha evoluindo por seus resultados no continente, nas eliminatórias e nas Copas Américas. A diferença desta é ter uma série de vinte ou vinte e um jogadores que atuam na Europa. Lá, eles jogam entre os melhores do mundo e aprendem a tentar ganhar tudo. Isso deu a eles uma maturidade que pode ajudar muito na caminhada.
http://espn.uol.com.br/post/422829_experiencia-europeia-diferencia-colombia-de-2014-da-de-rincon-e-valderrama-diz-maturana
2014-07-03
A Copa no país das peladas 2
Brasil 2 x 1 Colômbia
Advertido, quem sabe, por CAParreira, PhD, Soccer Srategist & Consultant, ou talvez inspirado por seu próprio gênio estratégico, o general da reserva "Felipão" Scolari, ex-técnico de futebol em atividade, declarou em sua última entrevista coletiva que ninguém precisava se preocupar porque a Colômbia, ao contrário do Chile, Uruguai e Argentina, era um time de cavalheiros que ia deixar o Brasil jogar.
Se a intenção era tirar a Colômbia do sério, chamando-a na xinxa para uma pelada de porradaria em vez de jogar bola, se deu bem. A Colômbia não jogou mesmo, aliviando a nossa barra - uma vez que continuamos não jogando absolutamente nada, desta vez com um meio de campo povoado de atacantes que não atacavam porque estavam ocupados, no redondo, em fazer faltas no Cuadrado.
Não por acaso, o jogo foi decidido em três lances de bola parada.
Lamentavelmente, essa estratégia pode nos ter custado caro: para deixar claro que Scolari desconhece a garra cafeteira, o colombiano Zuniga meteu um joelhada na coluna do Neymar que, na melhor das hipóteses, vai fazê-lo passar a noite delirando com as 72 virgens, prometidas pelos aiatolás da CBF para quem se matar - ou for morto - em campo, vestidinhas de enfermeiras.
PS: Neymar está fora. Nem amarrado num cavalo como El Cid vai poder entrar em campo. Ruim para quem gosta de futebol, mas, arrisco dizer, nem tanto para os aiatolás da CBF (o "Brasil que dá certo", lembram?), que arranjaram, caída do céu, a solução de todos os seus problemas: um mártir para a vitória e um álibi para a derrota.
2014-07-04
Dialética do futebol:
unidade dos contrários
Alemanha e Brasil na 1ª semifinal:
um por falta de adversário, o outro
também...
|
2014-07-04
Inacreditável Futebol Clube
http://www.pixel77.com/15-unbelievable-photo-manipulation-artworks/ Brasil de Felipão é um dos 4 melhores da Copa das Copas! |
2014-07-04
Começa outra Copa
2014-07-05
Casal 20 até o fim!
Requiescant in pace |
1a semifinal
2a semifinal
2014-07-09
Último capítulo:
viva a intifada argentina!
A intifada argentina conquistou para os hermanos, com todos os méritos, o posto de Time da Casa deixado vago pela eliminação da Suíça.
Em sua própria Copa, que se pretende a Copa das Copas, o Brasil foi muito mais amarelão do que canarinho e a Argentina muito mais torcedora que turista.
A Messi, pois, o que é de Messi.
Só falta combinar com os russos, digo, com os alemães, que estão com a corda toda.
2014-07-13
A Copa, Desfecho
Veni vidi vici |
A Copa, Epílogo
Gloria victis |
A Copa, Posfácio
Sic transit gloria mundi |