quinta-feira, 31 de março de 2016

Comitê suprapartidário Avebarna contra o impeachment - em defesa do MANDATO Dilma Rousseff






“Gilberto Gil pede que povo se manifeste contra impeachment” TudoBH, 08-12-2015
http://tudobh.com.br/gilberto-gil-diz-que-processo-de-impeachment-e-delirio-politico/
"Ele afirmou ainda que não se sente capacitado para o exercício da política e classificou de uma contribuição passageira a experiência que teve no campo político quando ocupou os cargos de secretário de Cultura da Bahia e, depois, de ministro da Cultura durante o governo Lula. Gil disse que essa contribuição se deu mais na gestão da questão pública, no sentido de conceber e dirigir à população políticas públicas e refletir as necessidades delas."  

“Quarteto de arruaceiros”
Blog do Juca Kfouri, 29-03-2016
http://blogdojuca.uol.com.br/2016/03/quarteto-de-arruaceiros/
 "Quatro arruaceiros, num Honda Civic cinza, placas FES 5544, pararam na esquina da rua onde moro, por volta da meia-noite, um deles de máscara e camisa da CBF, e fizeram uma algazarra de acordar a vizinhança. Com buzinas nas mãos, xingavam: “Juca Kfouri, maldito, fdp, petista!”. Na segunda-feira retrasada já tinham feito o mesmo, com dois carros, e eram oito. Eu não estava em casa, mas minha mulher os viu, assim como o guarda-noturno, que não anotou as placas. Hoje, desci, anotei a placa e os abordei.
Logo fui dizendo que eles estavam enganados, que não sou e nunca fui petista e que sou contra o impeachment.”  

“Para além do espetáculo da crise”
Blog da Raquel Rolnik, 16-03-2016
https://raquelrolnik.wordpress.com/
 "(..) Aos que, como eu, se entusiasmaram com a possibilidade de imaginar o tal país do futuro chegando, com mais oportunidades e menos desigualdade, com uma democracia na qual todos pudessem ter direito a ter direitos. Também me dirijo aos que, como eu, se decepcionaram ao descobrir que a trilha das mudanças estava cada vez mais implicada no caminho da continuidade. Continuidade do quê? Da política como negócio.
(..) Ora, não é preciso muita profundidade analítica para saber que a saída de Dilma ou do PT do governo não resolve minimamente o tema da política como negócio que tanto nos revolta. Muito menos a necessidade de aprofundamento da democracia, quando, em nome da execração pública dos “culpados”, afronta-se, justamente, a institucionalidade democrática. (..)"


“Pela legalidade”
Wagner Moura, Folha de São Paulo, 30-03-2016
http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2016/03/1755375-pela-legalidade.shtml?cmpid=compfb
 Tenho feito inúmeras críticas públicas ao governo nos últimos 5 anos. O Brasil vive uma recessão que ameaça todas as conquistas recentes. A economia parou e não há mais dinheiro para bancar, entre outras coisas, as políticas sociais que mudaram a cara do país. Ninguém é mais responsável por esse cenário do que o próprio governo.
O esfacelamento das ideias progressistas, que tradicionalmente gravitam ao redor de um partido de esquerda, é também reflexo da decadência moral do PT, assim como a popularidade crescente de políticos fascistas como Jair Bolsonaro.
É possível que a esquerda pague por isso nas urnas das próximas eleições. Caso aconteça, irei lamentar, mas será democrático. O que está em andamento no Brasil hoje, no entanto, é uma tentativa revanchista de antecipar 2018 e derrubar na marra, via Judiciário politizado, um governo eleito por 54 milhões de votos. Um golpe clássico."

“Erundina se filia ao PSOL, critica Dilma, mas é contra impeachment - Ex-prefeita de São Paulo diz que o partido se juntou a forças conservadoras”
O globo, por Evandro Éboli, 14-03-2016
http://oglobo.globo.com/brasil/erundina-se-filia-ao-psol-critica-dilma-mas-contra-impeachment-18873385#ixzz44Q0G8sGg
 “Esse pedido de impeachment não tem base jurídica. Não se sustenta. O que está ocorrendo é o jogo baixo do poder. A dita oposição faz esse jogo por ter perdido a eleição. Há uma composição hoje na Câmara muito ruim, de união de forças conservadoras — disse.”


“Olívio Dutra fala em “enjambração ideológica”, mas rejeita palavra golpe - Ex-governador defendeu que articulação pró-impeachment é promovida por aqueles que querem reduzir políticas sociais e de inclusão”
Rádio Guaíba, 09-12-2015
http://www.radioguaiba.com.br/noticia/olivio-dutra-fala-em-enjambracao-ideologica-mas-rejeita-palavra-golpe/
“Esse processo, da forma como foi desencadeado, evidentemente é uma ‘enjambração’ política e ideológica. Que se aproveita de um instituto previsto na Constituição do impeachment. Mas isso é apenas um gancho. (..) É uma enjambração daqueles que entendem que o estado brasileiro não pode ter políticas sociais, de inclusão, no nível que está tendo, tem que se encolher o estado, o estado tem que ser mínimo para maioria da população, e máximo para alguns que vêm se beneficiando há anos. Não concordo, não (com a denominação de golpe). Acho que tem é essa ‘enjambração’”, disse Olívio.
O ex-governador gaúcho defende ainda que é direito da presidente terminar o mandato. De outro lado, Olívio cobra que Dilma cumpra a agenda econômica que a elegeu, sem fazer concessões políticas a alianças e conveniências.”  


“Proposta de referendo em vez de impeachment irrita oposição: ‘oportunismo’”
BBC Brail, por Ricardo Senra, 23-03-2016
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/03/160323_proposta_referendo_oposicao_rs?post_id=842797265773985_998855840168126#_=_
 “O líder do DEM no Senado prossegue: “E por acaso parlamentar não responde pelo povo?” 
Para o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), na configuração atual do Congresso, não. 
"Não há legitimidade neste Congresso para a discussão do impeachment. Há, na comissão (especial do impeachment), 38 deputados que sofrem ações judiciais. Não é possível que essas pessoas decidam sobre o tema", disse Alencar à reportagem nesta terça-feira, frisando que a posição oficial do PSOL é contrária ao impedimento da presidente.”



2016-03-31


quarta-feira, 30 de março de 2016

O tempo escoa

Imagem Pixabay
À falta de crimes de responsabilidade perfeitamente caracterizados, a deposição de Dilma pelo atual Congresso - alvo do justificado desprezo da quase totalidade da nação - é uma usurpação do poder, um “golpe branco” em benefício de uma plutocracia cronicamente incapaz de se alçar, pela força do voto, ao governo do país.

Somente uma Assembleia Constituinte soberana e democrática imposta pela mobilização popular teria legitimidade para interromper o mandato da presidenta eleita nos termos da Constituição em vigor.


No entanto, enquanto as bases petistas, intelectuais e universitários se mobilizam, por meio de manifestações e atos públicos, para barrar o impeachment em preparação no desmoralizado Congresso Nacional, a liderança do Partido dos Trabalhadores se omite de cumprir a sua principal obrigação que é criar, por meio da adesão de personalidades civis de reconhecida respeitabilidade, incluindo NECESSARIAMENTE jornalistas e intelectuais de oposição e políticos de partidos adversários - MUITOS DOS QUAIS JÁ SE PRONUNCIARAM PUBLICAMENTE CONTRA O IMPEACHMENT - um Comitê Nacional contra o Impeachment capaz de galvanizar as atenções e unir as forças de todos os que são pela INCOLUMIDADE DO MANDATO POPULAR DILMA ROUSSEFF independentemente de seu apoio ou oposição ao governo Dilma Rousseff.


A hora é agora. Frente democrática de verdade ou... babau!


2016-03-27


terça-feira, 29 de março de 2016

Quem sai aos seus não degenera

Deu no Estado de SP
29-03-2016


PMDB rompe com Dilma aos gritos de ‘fora PT’ e ‘Temer presidente’
Montagem avebarna.blogspot.com.br.
 Imagem original
http://www.downloadswallpapers.com/natureza/wallpaper/sapo-verde-na-agua-27624.htm




2016-03-29


sábado, 26 de março de 2016

Cá entre nós

Deu n’O Globo online
por Lauro Jardim 20-03-2016

Temer já inicia planejamento de governo
Desde a noite de domingo passado, ou seja, após a manifestação pró-impeachment, Michel Temer passou a pensar a sério na formação do seu possível governo. Teve também conversas com economistas na semana passada



2013-03-26

quinta-feira, 24 de março de 2016

O ocaso da Nova República: Constituinte e cenários alternativos - um esboço

À parte a frenética montagem do impeachment de Dilma, por crimes de responsabilidade até agora não caracterizados e pelas mãos de uma canalha parlamentar que não resiste a três dias de investigações, a evidência mais notória da falência da Nova República é o fato incontornável de que o Executivo e o Legislativo - dilacerados pelos temores, desconfianças e conflitos de interesses gerados pela combinação explosiva da desaceleração abrupta da economia com a supuração da "república das empreiteiras" - já não podem funcionar sem a arbitragem permanente do Judiciário (STF); uma situação administrativamente inviável e altamente instável do ponto de vista político. 

Na verdade, o primeiro dobre do fim da Nova República foi o tsunami democrático de junho de 2013, quando, incentivadas pela luta estudantil em favor da meia-passagem e impelidas pela combustão dos gases fétidos acumulados na preparação da Copa do Mundo, multidões nunca vistas no Brasil tomaram as ruas por ocasião da Copa das Confederações - espelhando-se na Primavera Árabe, nos Indignados da Puerta del Sol e nas Manifestações de Istambul - para exorcizar em público o sentimento represado e difuso de que algo de podre havia também em nosso vasto reino tropical.

Não apenas o pacto lulista está irremediavelmente comprometido; o equilíbrio anterior tampouco pode ser recuperado, tanto por ter o país mudado consideravelmente na era Lula, com a elevação do nível de vida - e exigência - das multidões urbanas relativamente ao Hades das décadas de 1980-90, quanto pelo fato de a ajudicação privilegiada dos negócios e serviços do Estado a um petit comité de bancos, empreiteiras e concessionárias integrados ao circuito financeiro mundial ter sido, notoriamente, catapultada ainda no decênio anterior - a "privataria" da era FHC - para não falar de seus primórdios sob José Sarney, já em vigência da Constituição de 1988.

A questão que parece resumir o atual impasse é: a elevação sustentada do nível de vida dos trabalhadores supõe o prolongamento do pacto sinistro que levou bancos e empreiteiras, pela mão do próprio Estado - sob Sarney, FHC e, desgraçadamente, Lula e Dilma, além de Câmara, Senado e Judiciário - à condição de virtuais concessionários do Brasil?

A resposta, quero crer, tem de ser dada por um novo Congresso Nacional eleito sem a influência do dinheiro e dos potentados midiáticos, com poderes Constituintes suficientes para proceder ao desmonte da "república das empreiteiras" e à criação, no Brasil, de um contrato social autenticamente democrático e dos poderes que lhe correspondam. 

É claro, um Congresso Constituinte democrático e soberano não poderá ser parido pela Nova República em franco processo de decomposição: terá de ser imposto pela mobilização em massa das novas gerações, por todo o país. Ele é o norte necessário da revolução democrática interrompida pelo descarrilamento do PT e retomada, caoticamente como não poderia deixar de ser em tais circunstâncias, pelo tsunami de junho de 2013.  

Nesse processo, o trabalhadorado brasileiro terá condições mais favoráveis para resgatar a sua identidade de classe e proceder à inadiável reconstrução de sua representação política, papel a que o PT renunciou por livre escolha de sua liderança histórica.

Os cenários alternativos, nada auspiciosos para a maioria dos brasileiros, são tipicamente três: 

O primeiro, já em acelerado ritmo de montagem , é um acordão conservador entre as diversas frações do empresariado, sua imprensa onipresente e seus estafetas parlamentares para um golpe congressional na forma do impeachment de Dilma, com a bênção longânime do STF e a anuência passiva e agradecida de militares escaldados que preferem permanecer em seus quartéis. Aqui, transfere-se o poder a Temer, encarrega-se a condução da economia a um ministério do mercado para proceder às "reformas estruturais" e, muito provavelmente, negocia-se, via STF, o paulatino relaxamento das prisões e sentenças dos mega-empresários e políticos processados e condenados em rito eficaz pela Lava-Jato - objeto de indisfarçável perplexidade nos clubes patronais e discretíssimo desconforto no âmbito da suprema corte. Esta alternativa é enormemente facilitada, nas circunstâncias da crise econômica, pela esterilização petista do movimento operário, inscrita no plano de subsunção de todas as classes ao Novo Brasil lulista de desenvolvimento ininterrupto e ganhos para todos - o "Brasil de classe média" de Dilma Rousseff. 

O segundo cenário adverso, cuja probabilidade aumenta exponencialmente no caso de insucesso do primeiro e recrudescimento da agitação política sem perspectiva de saída democrática, é um golpe militar bonapartista, com as consequências conhecidas no que tange às liberdades e direitos. Uma das variantes deste cenário, que lhe explicita o atributo "bonapartista", é a exacerbação, concomitante à restrição das liberdades democráticas, do rigor punitivo da Lava-Jato (com ou sem Moro) contra empresários e políticos, de quaisquer partidos e facções classistas, envolvidos em crimes reais e imaginários contra o Estado e suas agências. 

O terceiro cenário adverso é a aventura populista, na forma de uma guinada à esquerda  baseada não na democracia de massas via Constituinte, mas no prestígio carismático do líder - menos provável na crise atual por não corresponder, aparentemente, às inclinações pessoais do único líder imaginável e não dispor, em todo caso, de suporte suficiente e adequado nas máquinas sindicais nem, até onde se pode enxergar, da indispensável simpatia de segmentos fardados relevantes.

O desenrolar dos acontecimentos não seguirá à letra, é claro, nenhum desses esquemas, mas tenderá, de uma ou outra forma, a remeter a algum deles, quem sabe uma combinação. O certo é que o curso tomado pelo empresariado, de forçar a queda de Dilma pela mão de um Congresso destituído da mínima sombra de prestígio popular e premido pela espada de Dâmocles da Lava-Jato, não tem qualquer chance de resultar em uma solução politicamente estável. A queda de Dilma não tem, ao contrário das ilusões disseminadas, o condão de despertar a economia - o que não fará nem um pouco felizes as multidões assalariadas. Muita água há de rolar debaixo dessa ponte - e quem sabe por cima também. 

A conferir. 


2016-03-24


quarta-feira, 23 de março de 2016

Nova República: descanse em paz

Qualquer que seja o desenlace da crise política em curso, vamos combinar, a Nova República faleceu, levando nas asas de sua alma ascensionária a Constituição de 1988. Que Deus as tenha em bom lugar. O ataúde já está pronto, à espera de que a ilustríssima senhora seja convencida a se deitar para as exéquias de praxe. 

Não creio que valha a pena lamentar. As novas gerações do trabalhadorado brasileiro têm o direito se de dar o direito de tentar fazer coisa melhor salvando apenas aquilo que lhes convenha aproveitar. 

E como é que se enterra democraticamente uma república finada? Do meu ponto de vista, impondo-se, pela via da mobilização popular, uma Assembléia Constituinte soberana para, nos termos da recente declaração da bancada do PSOL,

promover uma reforma política profunda com ampla participação popular, mudar radicalmente os rumos da economia, auditar a dívida pública, priorizar o consumo e a produção, taxar as grandes fortunas e baixar a taxa de juros de forma consistente,

                                                                                          sem prejuízo de uma enorme quantidade de propostas mais ou menos convergentes apresentadas por outras organizações e partidos amantes, ainda que eventualmente infiéis, do progresso social e da democracia.

De minha parte eu me limito, modestamente, a acrescentar a sugestão de que se desmonte a República das Empreiteiras e se desprivatize o Estado para felicidade geral de quase toda a nação. 

2016-03-22


terça-feira, 22 de março de 2016

Impeachment não!

Impeachment sem crime de responsabilidade é golpe contra a Constituição!

A luta contra o golpe parlamentar reacionário em preparação no Congresso Nacional, na forma do impeachment da presidente Dilma Rousseff - com patrocínio do empresariado via grande imprensa, trâmites a cargo de Eduardo Cunha, cobertura total e interessada de Michel Temer e foco na entrega da economia a um novo "ministério do mercado" - é a prioridade absoluta para todos os defensores das prerrogativas constitucionais  do exercício do poder. 


Ela terá, no entanto, de se dar em meio a um debate áspero, intenso e obrigatório de ideias conflitantes a respeito de como chegamos a essa crise e de como sair dela. A unidade na luta não supõe nem admite a prévia supressão das divergências, muito menos a renúncia de cada um a suas ideias e iniciativas.

Urge a formação de um Comitê Nacional supra-partidário para a defesa do MANDATO PRESIDENCIAL de Dilma Rousseff, que não pode, sob nenhum pretexto, se confundir com a defesa do governo Dilma (ou de Lula e do PT), tampouco com o repúdio apriorístico à Lava-Jato, ao MP, à Polícia Federal, ao STF.  

Qualquer tentativa de embaralhar as cartas, de subordinar a luta contra o impeachment a acordos prévios, explícitos ou implícitos, a respeito da posição “governista” ou “anti-governista” das pessoas e entidades envolvidas é um crime contra as aspirações democráticas dos trabalhadores, dos intelectuais, da juventude estudantil, de todos os brasileiros.

Não vejo ninguém melhor, a esta altura, para liderar essa iniciativa, que poderá ter alcance internacional, do que a deputada Luiza Erundina. Em recente entrevista concedida a O Globo, ela resumiu com absoluta propriedade a situação: “Contra o impeachment de Dilma, independentemente de minhas críticas ao governo Dilma”.

2016-03-22



segunda-feira, 21 de março de 2016

Quem sou? Onde estou? Aonde vou?

Deu no PT online
Por Agência PT, 18-03-2015

1,35 milhão de brasileiros foram às ruas para defender a Democracia

Imagem: Intenet
Será, eu me pergunto, que o “vamos pra rua nós também” de 18 de março é o melhor que o trabalhadorado brasileiro pode fazer para defender, num momento crítico, a legitimidade do governo que, segundo a opinião predominante nos círculos de esquerda, representa os seus interesses? 

Não seria útil canalizar um pouco da energia despendida diariamente em exorcizar a perfídia dos adversários para um exame mais atento do nosso - este que se convencionou chamar o “campo progressista” - 
próprio umbigo?


2016-03-21




domingo, 20 de março de 2016

Responsabilidade seletiva

Deu no Globo online
por Eduardo Bresciani 18-03-2016
http://oglobo.globo.com/brasil/oab-decide-apoiar-impeachment-de-dilma-rousseff-18914401#ixzz43LyTZdBQ
OAB decide apoiar o impeachment de Dilma Rousseff
(..) Relator do caso na entidade, o conselheiro Erick Venâncio, do Acre, apontou quatro atos que se configurariam como crimes de responsabilidade: as pedaladas fiscais, as isenções fiscais concedidas para a organização da Copa do Mundo, a tentativa de atrapalhar as investigações denunciada pelo senador Delcídio Amaral e a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o ministério da Casa Civil como forma de mudar o foro em que ele é investigado. (..)

Quando, poucos meses atrás, o Brasil de Lula e Dilma era a salvação da lavoura, a locomotiva-auxiliar do crescimento mundial, a pátria amada do pleno emprego, a menina dos olhos do FMI, a Meca dos migrantes qualificados, o Eldorado dos capitais ociosos e, é claro, o afortunado guardião do Ideal Olímpico, nenhum prócer atual do impeachment, das reformas estruturais da economia e da transcendência do equilíbrio fiscal para a boa constituição do caráter nacional deu a menor importância às "isenções fiscais concedidas para a organização da Copa do Mundo":
           

     — Um pequeno sacrifício dos princípios para grande benefício dos fins, cavalheiros. Afinal, não se fazem omeletes sem quebrar os ovos!


2016-03-20



Leia também neste blog:

“Distração fatal”

“Copa e Olimpíada: política anti-crise, de desenvolvimento ou de prestígio?”
http://avebarna.blogspot.com.br/2011/10/copa-e-olimpiada-politica-anti-crise-de.html



sábado, 19 de março de 2016

Comício pelo armistício?

Deu no PT online
Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias 18-03-2016
http://www.pt.org.br/nao-vai-ter-golpe-afirma-lula-a-multidao-em-sao-paulo/
Não vai ter golpe, afirma Lula a multidão em São Paulo
Ex-presidente afirmou que não existe espaço para ódio no Brasil e que democracia é acatar o voto da maioria dos brasileiros
O ex-presidente e ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva, participou da manifestação em defesa da democracia na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), nesta sexta-feira (18). Todos os estados brasileiros realizaram atos pela democracia, contra o golpe e em apoio ao governo da presidenta Dilma Rousseff.

“Achei que com 70 anos de idade nada mais pudesse me emocionar. Mas o que vocês estão fazendo aqui hoje na Avenida Paulista, eu espero que seja uma lição para aqueles que não acreditam na capacidade do povo brasileiro, que seja uma lição para aqueles que nos tratam como se fossemos cidadãos e cidadãs de segunda classe”, afirmou.
“Não se pode antecipar eleições dando golpe na Dilma. Democracia é acatar o voto da maioria dos brasileiros. Nós lutamos para derrubar regime militar e não vamos aceitar golpe nesse País. Eu quero dizer pra vocês, olhando nos olhos de vocês, que não vai ter golpe”, enfatizou Lula, enquanto a multidão na Paulista entoava em coro a palavra de ordem.
“Estas pessoas estão aqui hoje porque sabem o que é que é o valor de fazer o pobre subir um degrau na escala social, de uma filha de empregada doméstica chegar a universidade”, destacou.
Para Lula, “não existe espaço para ódio nesse País”. “Dizem que a gente que quer a violências, mas tem gente que prega a violência contra nós 24 h por dia. Tem gente nesse País que falava em democracia da boca pra fora.Não veja ninguém de vermelho como se fosse inimigo. Eu acho que nós precisamos restabelecer a paz, a esperança e provar que esse País é maior do que qualquer crise. Precisamos recuperar o humor desse País, a alegria de ser brasileiro, a auto estima de ser brasileiro” ressaltou. 
“O povo brasileiro aprendeu que democracia não é um direito morto. O que eu quero é que a gente aprenda a viver de modo civilizado com as nossas diferenças. Porque tem gente que ainda não aprendeu que a democracia é a única oportunidade para fazer um governo com a participação do povo, para que o povo possa participar das decisões do governo”, afirmou. 
Lula também falou da sua entrada no governo da presidenta Dilma, como ministro da Casa Civil. “Eu vim para ajudar Dilma a fazer aquilo que tem que ser feito nesse País para o Brasil voltar a crescer, voltar a ter uma sociedade harmônica, voltar a entende que democracia é a convivência com a diversidade”.



2016-03-19

sexta-feira, 18 de março de 2016

A saída é pela esquerda. Mas cadê a porta?


Depois de aguardar com alguma ansiedade, por dias a fio, uma manifestação da liderança do PSOL - na convicção de que o momento histórico é seu - sobre a saída, ou saídas possíveis, da arapuca em que a política do PT, Lula e Dilma meteu a massa trabalhadora e a juventude do país, eis que aparece no saite do partido [sem data] uma nota da sua bancada parlamentar. Um pronunciamento, finalmente, que vai aqui reproduzido. Alvíssaras!

Limito-me a destacar o parágrafo final, onde as lideranças indicam o caminho a seguir. 

Ocorre-me, porém, reformular a pergunta do título desta postagem desde um ponto de vista que imagino ser o da militância do PSOL e suas legiões de jovens simpatizantes interessados em defender a democracia nas manifestações convocadas pelo PT para esta tarde: de acordo, companheiros; a saída é pela esquerda. MAS COM QUE ROUPA EU VOU? 

Por qual caminho poderá o país sair positivamente do infeliz impasse em que nos encontramos, isto é, realizar a plataforma indicada no Parágrafo 5 deste manifesto como expressão da vontade da maioria - com Dilma, Lula e o PT, se quiserem mudar radicalmente de rumo, ou sem eles se preciso for?

O que propõe "concretamente" a liderança do PSOL
  
A SAÍDA É PELA ESQUERDA: NOTA DA BANCADA DO PSOL 
Face à velocidade dos últimos acontecimentos e a radicalização da crise política, tomamos um posicionamento firme e sem meias palavras:
1. Somos oposição programática e de esquerda ao governo Dilma. Combatemos suas políticas regressivas e questionamos as concessões feitas ao grande capital. Diante da atual crise, do ajuste fiscal e da retirada de direitos, é inegável que este governo tem se afastado dos reais anseios da maioria da população.
2. Somos favoráveis a toda e qualquer investigação, desde que respeitado o Estado Democrático de Direito, sem seletividade ou interferências externas. É preciso que se desvendem as relações promíscuas entre os Poderes da República e o grande empresariado.
3. As últimas atitudes do juiz Sérgio Moro representam claro uso político da Justiça e comprometem o trabalho desenvolvido pela Operação Lava Jato. Atitudes que possuem objetivos midiáticos rompem regras democráticas básicas e favorecem a estratégia de um golpe institucional.
4. Somos contra a saída gestada pelos partidos da oposição conservadora, pelo grande capital e pelos grandes meios de comunicação. O impeachment, instrumento que só pode ser usado com crime de responsabilidade comprovado, se tornou uma saída para negar o resultado das urnas, com o propósito de retirar a presidenta Dilma do poder, buscando um “acordão” para salvar outros citados nas investigações da Lava Jato. A troca de governo acelerará os ajustes pretendidos pelos poderosos, retirando direitos dos trabalhadores e atingindo nossa soberania. 
5. A saída é pela esquerda. É necessário promover uma reforma política profunda, com ampla participação popular, ter coragem de mudar radicalmente os rumos da economia, auditar a dívida pública, priorizar o consumo e a produção, taxar as grandes fortunas e baixar a taxa de juros de forma consistente. Propostas não faltam. Mas é preciso coragem para contrariar interesses do grande capital.
http://www.psol50.org.br/2016/03/a-saida-e-pela-esquerda-nota-da-bancada-do-psol/  

2016-03-18

quinta-feira, 17 de março de 2016

Tem solução?

Deu no Globo online
por Evandro Éboli 14-03-2016
Erundina se filia ao PSOL, critica Dilma, mas é contra impeachment 

A fala da deputada Erundina por ocasião de sua adesão ao PSOL conduz a uma pergunta que pode estar hoje na cabeça de milhões de trabalhadores, estudantes, moradores da periferia.

Como defender - contra os inimigos da democracia e da classe trabalhadora (não incluídos aqui os milhões de desiludidos com o PT e seus governos) - a legitimidade do mandato de Dilma ante a Constituição e a incolumidade de Lula face às arbitrariedades do juiz Moro sem ser levado de roldão, ou de gaiato, por pressão do compadrio de esquerda petista, a defender também a República das Empreiteiras acolhida e cultivada dentro do Estado brasileiro, pelos mesmos governos Lula e Dilma, em detrimento da democracia e da classe trabalhadora?

Que iniciativas existem disponíveis, ou poderão ser criadas, para que se possam defender os programas sociais e a elevação do poder de compra das massas realizados pelos governos PT-PMDB sem ter de fingir não ter visto as toneladas de muxiba empurradas aos trabalhadores como contrapeso ao direito de, como diria Lula, ter carne boa na mesa - a saber, Meirelles, Sarney, Francenildo, Mensalão, aloprados, Temer, Cunha, lobismo empresarial, Odebrecht e Cia., privilégios para o COI e FIFA, privatização em cadeia de serviços públicos, Levy, propinoduto da Petrobrás? 

Em resumo: como defender o mandato de Dilma e as garantias constitucionais de Lula sem ser constrangido a partilhar de sua simbiose com os políticos e potentados que hoje os seguram pela garganta? Como lutar contra o impeachment e as arbitrariedades de Sérgio Moro sem ser solidário com os malfeitos oficiais nem assistente involuntário do suicídio petista? Como  sair da arapuca a que os sucessivos governos do PT nos conduziram?

É a pergunta, creio, que a imensa maioria da nação - que não está, por certo, representada nos movimentos anti-Dilma - gostaria que o PT e Lula respondessem. 

De minha parte, é também a pergunta que eu gostaria de ver o PSOL da deputada Luiza Erundina tentando - pelo menos tentando - proativamente responder.

2016-03-17

terça-feira, 15 de março de 2016

Por dentro da República das Empreiteiras

Deu no Estadão
Por E. Rodrigues, B. Bulla, G. Aguiar, A. Ceolin e F. Fabrini 15-03-2016
‘A República cai’ se empreiteiras fizerem delação, diz Delcídio.





Delcídio é um pilantra. Mas cego não é. Na verdade, quero crer, está enxergando melhor que todo mundo. 

A crise não é de governo, é de Estado.


2016-03-15


Leia também, neste blog
"We can't breathe" (14-08-2015)

"(..) E a classe trabalhadora precisa desse espaço para ter a chance – pelo menos a chance! – de resgatar a sua identidade e reconstruir a sua representação política."
http://avebarna.blogspot.com.br/2015/08/we-cant-breathe.html


segunda-feira, 14 de março de 2016

A politologia do Conselheiro Falcão

Deu n’O Globo online
Por Sérgio Roxo 13-03-2016
Presidente do PT se diz preocupado com vaias a políticos

"Me preocupou que a oposição que fomentou a convocação desse ato foi hostilizada em plena Avenida Paulista. Com os manifestantes chamando o governo Alckmin de ladrão de merenda, o Aécio de corrupto e se dirigindo a senadora Marta com palavras de baixo calão, obrigando até a sair com segurança. Em 1964, os golpistas que apoiaram os militares esperando que com a deposição do Jango iriam assumir o poder, foram simplesmente afastados e tivemos 21 anos de uma ditadura sanguinária. O golpe é ruim pra democracia", falou Rui Falcão em São Paulo. 

Falcão aconselha a oposição a não fazer marola que é pr'a canoa não virar:
        — Quem avisa amigo é: devagar com o andor que o santo é de barro. Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. Tenha claro que quem semeia vento colhe tempestade. Antes de falar de mim pensa no teu passado, pois quem tem telhado de vidro não atira pedras no do vizinho. E como o pecado confessado está meio perdoado, não perca a chance: seguro morreu de velho. Gigante com pés de barro não enfrenta a correnteza e, em rio que tem piranha, jacaré nada de costas. Além do mais, a união faz a força e, certo como dois e dois são quatro, depois da tempestade vem a bonança. Devagar se vai ao longe. Quem espera sempre alcança, minha gente. É todo mundo no mesmo barco: tamo junto e misturado!

2016-03-14

sábado, 12 de março de 2016

A incubação bonapartista num fôlego só

Mussolini dos trópicos
Robespierre tupiniquim?
Não. É o Falcão Negro de Curitiba.


Enquanto o patronato em geral e seus acólitos acadêmicos e jornalísticos se fazem de mortos em face dos cambalachos dos de sua classe com agentes públicos por contratos em geral, concessões de equipamentos e serviços, obras faraônicas, eventos planetários, isenções fiscais, representação no estrangeiro e, é claro, financiamento da dívida pública a juros escorchantes, em troca de grandes, pequenas e meta-propinas quer para eles próprios quer para a sustentação de suas máquinas político-partidárias, um segmento periférico de jovens e ambiciosos juízes de direito e promotores de justiça em plena ascensão social e profissional, educados na crença do caráter natural da economia de mercado e imbuídos da ideia razoável, embora historicamente pouco realista, na verdade totalmente extemporânea, e por isso mesmo letal para a estabilidade das instituições, de que o cumprimento das leis, ainda que momentaneamente prejudicial a certos capitalistas, é indispensável à saúde e ao bom funcionamento do sistema como um todo, se propõe a extrapolar os fundamentos sociais e as limitações políticas do poder de que se sabe depositário para assumir o papel de saneadores dos costumes administrativos do país, o que os conduz a eviscerar o pacto, por assim dizer, de Deus com o diabo nas terras do Planalto Central, já gravemente ferido pelos ventos gelados da estagnação econômica planetária, com justificada aprovação de parte substancial das renovadas multidões urbanas que, ao contrário do que parece crer a maioria das lideranças de esquerda, não entram na vida política munidas de carteirinhas de orientação ideológica, muito menos quando expedidas por um passado duvidoso e que não vêem como seu, mas como simples cidadãos indignados, trabalhadores em sua maioria embora, a exemplo de sua liderança política nominal, alienados de sua própria classe, propensos, alguns, à timorata passividade dos panelaços, outros a gigantescos tsunamis humanos capazes de abrir caminho tanto para a afirmação da democracia de massas quanto, no extremo oposto, para a reação policial-militar, como se deu na Primavera do Cairo, a depender, e este é o “x” da questão, da capacidade que tenham as referidas lideranças de esquerda de se integrar à classe trabalhadora e dotar a luta democrática de iniciativas políticas unificadoras, formas organizacionais adequadas e, o mais importante, uma perspectiva histórica que faça sentido, por exemplo um Congresso Constituinte com candidaturas populares para enterrar a Nova República convertida em República das Empreiteiras, Bancos e Concessionárias e instituir uma democracia substantiva para a maioria da nação, assim ajudando a referida classe trabalhadora a forjar novas lideranças nascidas de seu próprio meio para tornar a ser uma influência positiva para a grande massa oscilante, como quando um enorme contingente dos que hoje confiam suas aspirações democráticas à espada de Moro foram, a seu tempo, jovens admiradores de Lula, o metalúrgico, aliados de sua classe, simpatizantes do seu partido e mais tarde seus eleitores, tudo de maneira a manter isolados, pela via da educação política das multidões, os reacionários irredimíveis, ou, como se diria na linguagem preferencial do atual PT, "o maior partido de esquerda da América Latina", e de seguidores mais ou menos desavisados que preferem rotular antes de debater, de compreender, de diferenciar, de testar e de se explicar, a "separar o trigo progressista do joio fascista". 

2016-03-12

quarta-feira, 9 de março de 2016

A sombra e a escuridão

O Presidente Nacional do PSDB, Senador Aécio Neves (PSDB-MG)
conversa com o líder do DEM Senador Ronaldo Caiado (DEM-GO)
no Plenário - Ailton de Freitas / Agência O Globo / 11/08/201
5
2016-03-07

domingo, 6 de março de 2016

Videocassetada

Deu na Folha
Por Mônica Bergamo
04/03/2016  

Ministro do STF diz que decisão de Moro foi 'ato de força' que atropela regras
O juiz Sergio Moro  sendo 
coercitivamente conduzido 
à vala comum
pela Lei da Gravidade
O ministro do STF Marco Aurélio Mello fez críticas contundentes à decisão do juiz Sergio Moro de conduzir coercitivamente o ex-presidente Lula para depoimento.
"Condução coercitiva? O que é isso? Eu não compreendi. Só se conduz coercitivamente, ou, como se dizia antigamente, debaixo de vara, o cidadão que resiste e não comparece para depor. E o Lula não foi intimado", afirma ele.


2016-03-07


sexta-feira, 4 de março de 2016

Já passou da hora

Brasília, junho de 2013
O que espera o PSOL para liderar, com Dilma ou sem Dilma, com PT ou sem PT, um movimento nacional por um Congresso Constituinte soberano, livre da interferência do poder econômico - que envenena a democracia - com direito a candidaturas oriundas de movimentos trabalhistas, minoritários e populares em geral, para acabar com a República das Empreiteiras, desprivatizar o Estado e refundar a democracia no Brasil?



Leia também
"We can't breathe" (14-08-2015)

"(..) E a classe trabalhadora precisa desse espaço para ter a chance – pelo menos a chance! – de resgatar a sua identidade e reconstruir a sua representação política."
http://avebarna.blogspot.com.br/2015/08/we-cant-breathe.html


2016-03-04