NYTimes 10-12-2024
https://www.nytimes.com/2024/12/10/opinion/child-influencers-consumerism.html
Two preteen girls promote fashion and beauty products to thousands of online fans from their rural Alabama home.
Eis o motivo primeiro da fúria do capital em geral contra a regulação estatal das redes digitais.
Two preteen girls promote fashion and beauty products to thousands of online fans from their rural Alabama home.
Eis o motivo primeiro da fúria do capital em geral contra a regulação estatal das redes digitais.
Assim como, para os bancos e gestores, tanto faz a origem legal ou ilegal dos capitais aos seus cuidados, para a economia digital - cujo tamanho é assunto envolto numa bruma espessa - tanto faz o caráter dos produtos que se vendem com base na atenção criada pelos influencers e, o que é muito pior, o conteúdo da própria indústria da atenção digital: se pré-adolescentes exibindo seus talentos de maquiadoras e modistas mirins, se sociopatas pequeno-burgueses apregoando seu ódio por tudo o que interpretam como privilégios para a classe trabalhadora, se um potentado digital anunciando ao mundo o seu fascínio pelo neonazismo alemão.
Dentre outras coisas, esta matéria deixa entrever que o capital no século XXI recebe de braços abertos o micro-empresariado infanto-digital como compensação necessária do desemprego tecnológico inexorável. Minha interpretação é: o Novo Sonho Americano, que na verdade é planetário, assinala a morte do Sonho Americano e do Estado do Bem-Estar nascidos do II pós-guerra e o advento, com a debacle de 2007-8, da Era do Salve-se Quem Puder.
Dentre outras coisas, esta matéria deixa entrever que o capital no século XXI recebe de braços abertos o micro-empresariado infanto-digital como compensação necessária do desemprego tecnológico inexorável. Minha interpretação é: o Novo Sonho Americano, que na verdade é planetário, assinala a morte do Sonho Americano e do Estado do Bem-Estar nascidos do II pós-guerra e o advento, com a debacle de 2007-8, da Era do Salve-se Quem Puder.