quinta-feira, 10 de maio de 2012

Se a memória não me falha e se a vista não me pisca, era tudo pra ser feito com dinheiro do Batista


Destak SP 04-05-2012

Custo inicial com estádios triplica e vai a R$ 6,9 bilhões
Estádio Nacional de Brasília "Mané Garrincha"

Se bem me lembro, primeiro vieram as indefectíveis declarações dos interessados diretos asseverando que seria tudo feito com dinheiro privado, ante o silêncio conivente das autoridades federais, estaduais e municipais, todas perfeitamente conscientes de que tais promessas não passavam de uma conveniente mentira - como no Pan2007. 

Um aspecto incontornável da política de gastos públicos (se não é política é o que?) com a Copa do Mundo e as Olimpíadas é deixarem-se de lado, ou postergarem-se, projetos alternativos. 

A propósito, vale refletir sobre  uma notícia que deu n'O Globo há algum tempo, dando conta de que o Arco Rodoviário atrasaria 4 anos e custaria o dobro do preço.[1] 

Na linguagem do Maracanã de antigamente, ficaria assim: "A SUDERJ informa: Substituição no Rio de Janeiro: Sai Arco Rodoviário, entra Maracafifa". 

O trade-off governamental entre  infraestruturas críticas e estádios de retorno duvidoso é um  interessante tema para um futuro desdobramento do artigo “Copa e Olimpíada: política anti-crise, de desenvolvimento ou de prestígio?”postado em Uma estranha e gigantesca ave sobre Barcelona em 09-10-2011.[2] 

2012-05-10
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[2] http://www.avebarna.com/2011/10/copa-e-olimpiada-politica-anti-crise-de.html