quinta-feira, 3 de julho de 2014

Time da casa volta para casa


A Suíça, como se sabe, é um país sem fins lucrativos - só se interessa por juros, rendas da terra e isenções fiscais em países estrangeiros. 

Por isso ela é a pátria da FIFA, uma instituição filantrópica que, segundo as mais fidedignas estimativas, deverá lucrar 8,8 bihões de reais com a Copa das Copas do Brasil, um fantasticamente bem-sucedido mega-evento desportivo de sua propriedade exclusiva viabilizado pelo governo brasileiro com generosas doações de estádios, infraestrutura de comunicações, isenções fiscais e, por último mas não menos importante, privilégios de Estado independente nos palcos de seus espetáculos e em uma extensa área circundante que, no caso da Arena das Dunas chega a Fernando de Noronha, no da Arena da Amazônia às cabeceiras do Solimões, no da Arena Pantanal até onde Caxias perdeu as botas, isto é, a capital do Paraguai e, no do Estádio Mané Garrincha, a nada mais nada menos do que o próprio Palácio do Planalto. 

Não é, portanto, por acaso nem por bagatela que este blog considera a Suíça o time da casa: nem eliminado ele deixa de render juros, rendas e isenções fiscais extraterritoriais à sua dindinha. 


Confirmando a tese de Scolari e
Parreira (PhD, SS&C), de que o futebol moderno
 é  uma grande suruba, perdão, 
família internacionalista,
eis que o Maradona suíço Shaqiri,
alemão nascido no Kosovo e irmão  
da Madonna catalã Shakira, 
colombiana nascida nas Arábias, 
é cunhado do David Luiz espanhol Piqué,
barcelonês nascido de cu para a lua.
A dura verdade, no entanto, é que a brava delegação de futebolistas profissionais africanos, asiáticos e
sul-americanos portadores de passaportes suíços dançou o tango e foi mandada de volta à Helvécia de seus antepassados. 

Resta saber quem ocupará o seu lugar como Time da Casa da Copa das Copas: se a jihad brazuca ou a intifada portenha. A julgar pelas estatísticas de lotação dos estádios, eu cravo a coluna dois.



2014-07-03