Fonte: http://falso9blog.com/2014/04/el-despertar-de-la-bestia/ |
Isto quer dizer que, no limite, eles podem acabar, literalmente, se fodendo - "entende?", diria Pelé.
No caso dos jogadores de futebol, a evidente hiperintensificação do trabalho imposta à encarnação “trabalhador” na temporada europeia vem cobrando um alto preço à encarnação “capitalista”: vários craques – Cristiano Ronaldo, Neymar, Schweinsteiger, Luís Suarez, Oscar, Xavi Hernandez, Diego Costa, Falcão García, Khedira e outros menos votados - sem falar nos que nem vieram - chegam à Copa claramente no bagaço: fisicamente exaustos, organicamente estressados, clinicamente combalidos e, quem sabe, emocionalmente enfastiados.
Estariam os donos do negócio matando a galinha dos ovos de ouro?
Eu, como aficionado do jogo, torço para que todos consigam jogar - em alto nível.
Tomara que a Copa - que deveria ser só do Mundo, não do Mundo da FIFA - tenha partidas capazes de compensar minimamente os sacrifícios e humilhações impostos aos brasileiros pela bizarra coalizão Governo Federal-FIFA que a concebeu e pôs em marcha.
E torço para que vençamos. Não por vencer - “até com gol de mão”, diriam os chauvinistas do ludopédio - mas jogando ao menos tão bem quanto os melhores dentre os combinados nacionais que nos visitam.
PS: A Copa do Mundo era mais divertida no estrangeiro, vista pela TV. No que me diz respeito, não havia a noção da odiosa grilagem da marca pela FIFA, de sua incrível capacidade de manipular os Estados nacionais e, embora a maioria dos nossos craques - a partir dos anos 1990 - já não atuassem no Brasil, tampouco a percepção do torneio como um encontro de combinados nacionais de superastros vinculados a "franquias" européias de propriedade de biliardários do petróleo e da especulação financeira mundial.
2014-05-31