Advertido, quem sabe, por CAParreira, PhD, Soccer Srategist & Consultant, ou talvez inspirado por seu próprio gênio estratégico, o general da reserva "Felipão" Scolari, ex-técnico de futebol em atividade, declarou em sua última entrevista coletiva que ninguém precisava se preocupar porque a Colômbia, ao contrário do Chile, Uruguai e Argentina, era um time de cavalheiros que ia deixar o Brasil jogar.
Se a intenção era tirar a Colômbia do sério, chamando-a na xinxa para uma pelada de porradaria em vez de jogar bola, se deu bem. A Colômbia não jogou mesmo, aliviando a nossa barra - uma vez que continuamos não jogando absolutamente nada, desta vez com um meio de campo povoado de atacantes que não atacavam porque estavam ocupados, no redondo, em fazer faltas no Cuadrado.
Não por acaso, o jogo foi decidido em três lances de bola parada.
Lamentavelmente, essa estratégia pode nos ter custado caro: para deixar claro que Scolari desconhece a garra cafeteira, o colombiano Zuniga meteu um joelhada na coluna do Neymar que, na melhor das hipóteses, vai fazê-lo passar a noite delirando com as 72 virgens prometidas pelos aiatolás da CBF para quem se matar, ou for morto, em campo. Todas vestidinhas de enfermeiras.
PS: Neymar está fora. Nem amarrado num cavalo como El Cid vai poder entrar em campo. Ruim para quem gosta de futebol, mas, arrisco dizer, nem tanto para os aiatolás da CBF (o "Brasil que dá certo", lembram?), que arranjaram, caída do céu, a solução de todos os seus problemas: um mártir para a vitória e um álibi para a derrota.
2014-07-04