Mobilizados por círculos de mulheres, milhões se reuniram nas praças de todo o país, e até do estrangeiro, num tsunami multipartidário de repúdio ao demagogo ultradireitista Bolsonaro.
Uma lufada de ar fresco recendente à primavera de indignação transnacional de 2011-2013 contra os gases mefíticos da decomposição da Nova República.
Nas palavras de um inspirado psolista do Facebook, "se tem alguma frente antifascista acontecendo, ela estará nas ruas hoje."
Largo da Batata, São Paulo |
Não seria então o caso, no atual cenário de intenções de voto, de os candidatos que reivindicam o caráter civilizatório do #EleNão darem uma resposta positiva ao movimento por meio de um debate público, uma "cúpula democrática" transmitida pelas redes, sobre a hipótese de retirada coletiva em favor daquele mais bem situado nas pesquisas – sem pré-condições, vale dizer, sem qualquer compromisso de renúncia a divergências, críticas ou mesmo oposição aberta ao futuro governo?
Não seria salutar obstruir o acesso de Bolsonaro, e do conventículo de conspiradores e nazistas que o secundam e sustentam, à propaganda gratuita de suas ideias degradantes numa inútil campanha de 2º turno?
Por que não estender imediatamente ao plano eleitoral o revés acachapante que acaba de lhes ser imposto pela mobilização feminista e popular?
Qualquer candidato pode tomar a iniciativa. Não há tempo a perder.
2018-09-29