O resgate, pelos Bancos Centrais, de instituições financeiras afogadas em suas próprias torrentes especulativas - com a consequente conversão de dívida privada em dívida pública - tornou-se um procedimento tão corriqueiro e generalizado no âmbito dos Estados nacionais, e tão odiosamente cínico em face da desigualdade galopante, da
destruição do emprego e da devastação do meio ambiente, que a
estatização dos bancos, a mais clássica das reivindicações transitórias ao
socialismo, passou a ser, no século XXI, a mais banal das reivindicações democráticas.