
Tenho certeza de que ela terá o total apoio da imensa maioria da nação – da nação trabalhadora, que ama desinteressadamente e não lucra nada, ao contrario, só gasta, com o futebol, assim como dos profissionais e pequenos empresários, que dão duro e recolhem impostos sem as “isenções fiscais da Copa” – se pagar para ver as cartas da FIFA, que ameaça ir fazer o seu negócio da China em algum país mais “amigável”. Na retrocitada, quem sabe.
Para obter tal apoio, basta que a presidenta fale à nação na língua vernácula do PT, a língua dos trabalhadores que as pessoas (e lideranças políticas) honestamente democráticas de todos os partidos entendem perfeitamente, e as sem-partido também, e não na língua melíflua, escorregadia e ambivalente dessa coalizão tardia e malsã PT-PMDB-sei-lá-mais-o-quê que tem José Sarney, o rei do Maranhão, por fiador.
O povo brasileiro mais do que ama o futebol - a foto do Pelé socando o ar secundado por Tostão e Jairzinho me parece uma representação muito mais autêntica (e salutar) do orgulho nacional do que o Grito (ai!) do principezinho estróina às margens do Ipiranga - mas não é trouxa. Queremos Copa, mas com soberania nacional e gasto responsável.
Em frente, presidenta! Faxina em regra, até o fim, para o que der e vier, nos acordos do Brasil com a FIFA e o COI!
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Se a FIFA quer que todas a Copas sejam de Primeiro Mundo, por que não escolheu a Inglaterra, a Espanha e a Holanda-Bélgica – que, aliás, já tinham tudo quase pronto – em lugar da África do Sul, Brasil, Rússia e Qatar?
Elementar meu caro Watson: porque não há nada melhor que preços de Primeiro Mundo com custos de materiais e mão de obra e, last but not least, controle social de gasto público de Terceiro!
2011-09-28
2011-09-28