Kim Jong Il |
Esta semana, o PCCaju (muita gente pensa que é ponta-esquerda, mas ele joga nas mais inusitadas posições) da aliança para o progresso do Brasil divulgou uma nota lamentando a morte do
presidente, secretário do PC e comandante das forças armadas coreanas Kim Jong
Il. Trata-se de uma vigorosa peça política, digna da tradição teórica – em vias de extinção, mas disposta a lutar até o fim – do socialismo num só país.
O texto é tocante, com os salamaleques de praxe ao
patriotismo e internacionalismo (!) do camarada subitamente falecido, paladino das causas da
reunificação da Coréia, da paz, da amizade e da solidariedade
entre os povos, da luta antiimperialista, da construção de um Estado e uma
economia prósperos e socialistas e da defesa das conquistas do socialismo em
sua pátria.
Kim Jong Ill |
Dizem os jornais que Kim Jong Il deverá ser sucedido pelo seu próprio filho Kim Jong-Un, como reza (se é que não diz por escrito) a Constituição socialista e internacionalista da Coréia do Norte. Indagado sobre o número da Internacional coreana, supostamente herdeira da I, II, III e IV, o sucessor declarou:
- O meu pai era Kim Jong Il; eu serei Kim Jong Ill.
E, depois de refletir profundamente por um décimo de segundo, concluiu:
- L’Internationale c’est moi!
Trabalhadores do Brasil e do mundo, a sua emancipação será obra do PCdoB
e do PCdaC sob a preclara liderança do camarada Kim Jong Ill, herdeiro de uma
vetusta linhagem da esquerda mundial capaz de realizar o sonho do socialismo numa só, ou melhor, em ½ Coréia.
(Leia a íntegra da Declaração do CC do PCdoB em http://www.pcdob.org.br/noticia.php?id_noticia=171494&id_secao=3)
2011-12-26