É
claro que os estados e municípios afetados pela produção têm custos, riscos e
externalidades negativas (a periferia de Macaé, por exemplo), e por isso fazem
jus a uma participação diferenciada. De resto, a riqueza do petróleo é da nação
e deve, tanto quanto a representação democrática, ser distribuída
proporcionalmente. E se os Estados ditos produtores ficaram mal-acostumados com
o incompreensível privilégio - pois que ganhem um tempo para se adaptar.
Tudo
mais são, para mim, variantes do pior tipo de nacionalismo - o de província: se
o Piauí não tem petróleo, que arranje um jeito de vender areia!
Se
o PT fizesse uma pesquisa honesta sobre o tema nas fábricas e empresas de todo
o Brasil, eu duvido que a maioria dos trabalhadores, inclusive os do Rio de
Janeiro, revelasse um ponto de vista substancialmente diferente.
2011-10-24