segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Areia [ainda] não paga royalties


Confesso a minha perplexidade com a discussão sobre a distribuição dos royalties do petróleo.

É claro que os estados e municípios afetados pela produção têm custos, riscos e externalidades negativas (a periferia de Macaé, por exemplo), e por isso fazem jus a uma participação diferenciada. De resto, a riqueza do petróleo é da nação e deve, tanto quanto a representação democrática, ser distribuída proporcionalmente. E se os Estados ditos produtores ficaram mal-acostumados com o incompreensível privilégio - pois que ganhem um tempo para se adaptar.

Tudo mais são, para mim, variantes do pior tipo de nacionalismo - o de província: se o Piauí não tem petróleo, que arranje um jeito de vender areia!

Se o PT fizesse uma pesquisa honesta sobre o tema nas fábricas e empresas de todo o Brasil, eu duvido que a maioria dos trabalhadores, inclusive os do Rio de Janeiro, revelasse um ponto de vista substancialmente diferente.

2011-10-24